Luz que se Apaga.

 


Dedicado com respeito e solidariedade às vítimas do apagão, que nos lembram da fragilidade da nossa luz diante da ganância e da negligência.


Num mundo movido a dados e conexões, há quem use a inteligência não para construir, mas para destruir.

Crimes cibernéticos — silenciosos, invisíveis — ameaçam hospitais, escolas, redes elétricas e vidas humanas.

O lucro fácil, mascarado de genialidade, revela apenas a falência moral de mentes brilhantes desviadas.

Proteger o digital é proteger o real. O que se perde com um clique, pode custar uma vida.


🌍 "Luz que se Apaga"


No coração da Terra um grito ecoa,

Silente, mas profundo como a dor,

É a alma do mundo que se entoa,

Clamando por justiça e por amor.


A humanidade corre, cega, apressa,

Na ânsia pelo ouro, pelo ganho,

Mas o que lucra, perde o que interessa:

O pulso da vida, o fio do tamanho.


A luz se apaga — não só nas cidades,

Mas dentro de nós, na consciência,

E em meio a sombras e calamidades,

Pagamos o preço da imprudência.


As redes caem, os sistemas falham,

Mas é o coração que mais se rompe,

Quando os valores verdadeiros falham,

E o lucro fácil é quem nos comande.


Oh homens! Vede o que plantais no chão!

Tecnologias, sim, mas sem raiz;

De que vale o mundo em conexão,

Se o próximo chora e ninguém diz?


Que volte a chama da sabedoria,

Do bem comum, do tempo sereno.

Só a verdade há de ser a guia

Num mundo novo, limpo e pleno.



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